domingo, 25 de setembro de 2011

DISCURSO DE AHMADINEJAD NA ASSEMBLÉIA GERAL DA ONU DENUNCIA AÇÕES DOS EUA

EXTRAÍDO DE http://www.vermelho.org.br O discurso do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, destoou dos demais realziados nesta 66ª Assembléia Geral das Nações Unidas. Na quinta-feira (22) Ahmadinejad denunciou os EUA e as outras potências ocidentais por uma série de crimes contra a humanidade. O líder iraniano disse que inúmeras os ataques do 11 de setembro permancem como um mistério e se tornaram um pretexto para que os norte-americanos iniciassem guerras no Afeganistão e no Iraque. Leia abaixo a íntegra do discurso do presidente iraniano, Ahmadinejad : Em nome de Deus, o Compassivo, o Generoso. Louvemos Alá, o senhor do Universo, e que a paz e todas as bênçãos desçam sobre nosso Mestre e Profeta Maomé, e sobre seu lar puro, seus nobres companheiros e todos os mensageiros divinos. 'Oh, Deus, apressai a vinda do Imã al-Mahdi, assegurai-lhe saúde e vitória, e fazei de nós seus seguidores, que atestam sua perfeição'. Senhor Presidente (etc.), Agradeço a Alá, o Magnífico, o Generoso, que me deu, mais uma vez, a oportunidade de falar a essa assembleia mundial. Tenho o prazer de manifestar meu agradecimento sincero a Sua Excelência Joseph Deiss, presidente da 65ª sessão, por seus imensos esforços durante seu mandato. Congratulo-me também com Sua Excelência Nassir Abdulaziz Al-Nasser, pela eleição para presidir essa 65ª sessão das Nações Unidas e desejo-lhe pleno sucesso. Permitam que aproveite a oportunidade para homenagear todos os mortos do ano que passou, sobretudo as vítimas da trágica fome que atinge a Somália e das devastadoras inundações que agrediram o Paquistão. Conclamo todos a que ampliem as ações de ajuda e assistência às populações afetadas naqueles países. Ao longo de vários anos, falei aqui sobre várias questões globais e sobre a necessidade de se introduzirem mudanças fundamentais na atual ordem mundial. Hoje, considerando os eventos internacionais, tentarei analisar a atual situação, de um ângulo diferente. Como todos sabem, o domínio e a superioridade dos seres humanos sobre outras criaturas dependem da própria natureza e verdade da humanidade, que são dons de Deus e manifestação da corporificação do espírito divino: – A fé em Deus, que é criador eterno de todo o universo. – A compaixão, o amor aos outros, a generosidade, a busca de justiça e integridade de palavras e ações. – A busca por dignidade para alcançar os cumes da perfeição, a aspiração de cada um a elevar a própria vida, material e espiritualmente, e o anseio por realizar a liberdade. – A oposição à opressão, à corrupção e a discriminação, e o emprenho para apoiar os oprimidos. – A busca por felicidade, por prosperidade e segurança duradouras, para todos. Eis algumas das manifestações dos atributos comuns, divinos e humanos, que se deixam ver claramente nas aspirações históricas dos seres humanos, refletidas na herança que recebemos da mesma busca, pela arte, pela literatura, em prosa e em verso, e pelos movimentos socioculturais e políticos que traçam a trajetória humana ao longo da história. Todos os profetas divinos e todos os reformadores sociais convidaram os seres humanos a trilhar esse caminho bom e reto. Deus deu dignidade à humanidade para elevá-la à altura Dele, para que, assim elevada, a humanidade possa assumir o papel de Seu sucessor, na Terra. Caros colegas e amigos: É vivamente claro que, apesar de todas as realizações históricas, inclusive a criação da ONU – que foi produto de incansáveis lutas e esforços de homens de pensamento livre e amantes da justiça, que nunca desistiram de buscá-la, e da cooperação internacional –, as sociedades humanas ainda estão longe de ter alcançado todos os seus nobres desejos e aspirações. Muitas nações em todo o mundo sofrem hoje, sob as atuais circunstâncias internacionais. E – apesar do desejo e do ímpeto para promover a paz e a fraternidade –, as guerras, os assassinatos em massa, a miséria que se alastra, crises socioeconômicas e políticas continuam a agredir o direito e a soberania das nações, deixando atrás de si danos irreparáveis, em todo o mundo. Aproximadamente três mil milhões de seres humanos em todo o mundo vivem com menos de 2,5 dólares por dia; e mais de mil milhões de seres humanos não comem sequer uma refeição suficiente, e regularmente, por dia. Quarenta por cento das populações mais pobres do mundo partilham apenas 5% do rendimento global. E 20% dos mais ricos do mundo dividem entre si 75% do rendimento global total. Mais de 20 mil crianças inocentes e pobres morrem diariamente no mundo, devido à pobreza. Oitenta por cento dos recursos financeiros dos EUA são controlados por 10% da população dos EUA; 90% da população tem de sobreviver com apenas 20% desses recursos. Quais as causas e as razões que subjazem por trás dessas desigualdades? Como se pode remediar tal injustiça? Os que dominam e comandam os centros do poder econômico global culpam ou o desejo do povo por religião e a busca por trilhar o caminho dos divinos profetas, ou a fraqueza das nações, ou o mau desempenho de grupos de indivíduos. Afirmam que só o que aqueles mesmos centros do poder econômico global pensem, decidam e prescrevam poderia salvar a humanidade e a economia mundial. Caros colegas e amigos Não lhes parece que as causas-raizes desses problemas devam ser procuradas na ordem que hoje domina o mundo, ou no modo como o mundo é governado? Gostaria de chamar a gentil e atenta atenção de todos para as seguintes questões: Quem arrancou à força dezenas de milhões de pessoas de seus lares na África e em outras regiões do mundo, durante o sombrio período da escravidão, fazendo daquelas pessoas vítimas da mais cega ganância materialista? Quem impôs o colonialismo por mais de quatro séculos, a todo aquele mundo? Quem ocupou terras e massivamente assaltou recursos naturais que eram patrimônio de outros povos, quem destruiu talentos e empurrou para a destruição os idiomas, as culturas e as identidades de tantos povos? Quem deflagrou a primeira e a segunda guerras mundiais, que fizeram 70 milhões de mortos e centenas de milhões de feridos, de mutilados e de sem-tetos? Quem criou a guerra na península da Coreia e no Vietnã? Quem, servindo-se de hipocrisia e ardis, impôs os sionistas, durante 60 anos de guerras, destruição, terror, assassinatos em massa, na região do mundo onde ainda estão? Quem impôs e apoiou durante décadas ditaduras militares e regimes totalitários em países da Ásia, da África e da América Latina? Quem atacou com armas atômicas populações indefesas e desarmadas e guarda milhares de ogivas nucleares em seus arsenais? Quais são as economias que dependem, para crescer, de criar guerras e vender armas? Quem provocou e estimulou Saddam Hussein a invadir e impor um guerra de oito anos contra o Irã? Quem o assessorou e o equipou para que atacasse nossas cidades e nosso povo com armas químicas? Quem usou os misteriosos incidentes de 11 de setembro como pretexto para atacar o Afeganistão e o Iraque – matando, ferindo, deslocando milhões de seres humanos de seus locais tradicionais de vida nos dois países –, exclusivamente para alcançar a ambição de controlar o Oriente Médio e seus recursos de petróleo? Quem aboliu o sistema de Breton Woods e imprimiu milhões de milhões (trillions) de dólares sem qualquer lastro em ouro ou em moeda equivalente? Esse movimento desencadeou feroz inflação em todo o mundo, que serviu para facilitar a pilhagem de ganhos econômicos que outras nações tivessem. Qual o país cujos gastos militares superam anualmente uma centena de milhar de milhões de dólares, mais que todos os orçamentos militares de todos os povos do mundo, somados? Qual, de todos os governos do mundo, é hoje o mais endividado? Quem domina os establishments da política econômica em todo o mundo? Quem é responsável pela recessão econômica mundial, que hoje impõe suas pesadas consequências aos povos de EUA e Europa e de todo o planeta? Que governos estão sempre prontos a bombardear com milhares de bombas outros países, mas sempre são lerdos e hesitantes, quando se trata de distribuir comida, para povos atormentados pela fome, como na Somália e em outros pontos? Quem domina o Conselho de Segurança da ONU, ao qual caberia zelar pela segurança internacional? E há outras dezenas de perguntas semelhantes e, para todas elas, as respostas são claras. A maioria das nações e governos do mundo não têm qualquer culpa ou responsabilidade na criação das atuais crises globais e, de fato, são, elas, sim, vítimas daquelas políticas que geram crises. É claro como a luz do dia que os mesmos senhores de escravos e potências coloniais que, antes, provocaram as duas guerras mundiais, causaram toda a miséria e a desordem que, desde então, são causa de efeitos que se vêem em todo o planeta. Caros colegas e amigos, Teriam, aqueles poderes arrogantes, a competência e a habilidade para comandar ou governar o mundo, ou seria aceitável que se autodesignem os únicos defensores da liberdade, da democracia, dos direitos humanos, enquanto seus exércitos atacam e ocupam outros países? Como poderá algum dia a flor da democracia brotar dos mísseis, das bombas e dos canhões da NATO? Senhoras e senhores, Se alguns países europeus ainda se servem do Holocausto, depois de sessenta anos, como pretexto, para continuar a pagar resgate, pagar à chantagem dos sionistas, não será também obrigação daqueles mesmos senhores de escravos e potências coloniais pagar indenizações às nações afetadas? Se os danos e perdas do período da escravidão e do colonialismo tivessem sido de fato indenizados, o que teria acontecido aos manipuladores e potências que se escondem nos porões da cena política nos EUA e na Europa? E haveria ainda divisão entre o norte e o sul do mundo? Se os EUA e seus aliados da NATO cortassem pela metade seus gastos militares e usassem esses valores para ajudar a resolver os problemas econômicos em seus próprios países, estariam aqueles povos padecendo os sofrimentos da atual crise econômica mundial? Que mundo teríamos, se a mesma quantidade de recursos fosse alocada às nações mais pobres? O que pode justificar a presença de centenas de bases militares e de inteligência dos EUA em diferentes partes do mundo – 268 bases na Alemanha, 124 no Japão, 87 na Coreia do Sul, 83 na Itália, 45 no Reino Unido e 21 em Portugal? O que significa isso, senão ocupação militar? E as bombas armazenadas nessas bases não criam risco de segurança para outras nações? Senhoras e senhores, A principal pergunta tem de interrogar sobre a causa que serve de base a essas atitudes. A principal razão tem de ser buscada nas crenças e tendências do establishment. Assembleias de pessoas em contradição com valores e instintos humanos básicos, sem fé em Deus e sem atenção à via ensinada pelos divinos profetas, impõem a ganância, a sede de poder e seus objetivos materialistas, e tentam calar todos os superiores valores humanos e divinos. Para eles, só o poder e a riqueza contam. E justificam-se todos e quaisquer atos que promovam essas metas sinistras. Nações oprimidas sobrevivem sem qualquer esperança de verem restaurados e protegidos os seus direitos legítimos de resistir e opor-se àquelas potências. Aquelas potências visam só ao progresso delas próprias, prosperidade e dignidade só para elas mesmas, e miséria, humilhações e aniquilação para todos os demais povos. Consideram-se superiores às demais nações da Terra e por isso fariam jus a concessões e privilégios. Nada respeitam, não respeitam ninguém e violam, sem qualquer consideração, direitos de todas as demais nações e governos e povos do mundo. Proclamam-se, elas mesmas, guardiãs indiscutíveis de todos os governos e nações. Para tanto, servem-se da intimidação, de ameaças e da força. E fazem mau uso, uso abusivo, de mecanismos internacionais. Quebram, burlam, simplesmente, todas as leis e regulações internacionalmente reconhecidas e respeitadas. Insistem em impor a todos o seu estilo de vida e suas crenças. Apóiam oficialmente o racismo. Enfraquecem países mediante a intervenção militar – destroem a infraestrutura que encontrem naqueles países, para mais facilmente conseguirem saquear recursos naturais, tornando cada vez mais dependentes, nações e povos que querem ser independentes e soberanos. Semeiam sementes de ódio e hostilidade entre nações e povos de diferentes crenças, para impedi-los de alcançar seus objetivos de desenvolvimento e progresso. Todas as culturas, a vida, os valores e toda a riqueza de cada nação, as mulheres, os jovens, as famílias, além da riqueza material de cada nação, são sacrificadas ante o altar daquelas ambições hegemonistas e de uma inclinação doentia para escravizar e submeter os diferentes. Hipocrisia e todos os tipos de fingimento e mentira são admitidos, se ajudam a promover os interesses imperialistas. Admitem o tráfico de drogas e a matança de inocentes, se lhes parece que, com isso, facilitam a rota para que alcancem seus objetivos diabólicos. A NATO está há muito tempo extremamente ativa no Afeganistão ocupado. E, apesar disso, houve ali aumento dramático na produção de drogas ilícitas. Não admitem nenhuma opinião divergente, nenhum questionamento, nenhuma crítica. Mas, em lugar de tentar oferecer alguma explicação para o que fazem, põem-se, eles mesmos, na posição de vítimas. Servindo-se de uma rede imperial de imprensa e comunicações, que sempre esteve como ainda está sob a influência do pensamento colonialista, ameaçam qualquer opinião que discuta a versão oficial do Holocausto, do 11 de setembro e da violência dos exércitos invasores e ocupantes. No ano passado, quando se impôs, em todo o mundo, a necessidade de fazer-se investigação séria sobre os segredos ocultados nos incidentes de 11/Setembro/2001 – ideia apoiada por todas as nações e governos independentes e pela maioria da população dos EUA –, meu país e eu, pessoalmente, fomos pressionados e ameaçados pelo governo dos EUA. Em lugar de nomear equipe para investigar com seriedade o que realmente acontecera, assassinaram o perpetrador e jogaram o cadáver ao mar. Não teria sido razoável levar à justiça e processar abertamente o principal perpetrador do incidente a fim de identificar os elementos por trás do espaço seguro proporcionado para os aviões introduzirem-se e atacarem as torres gêmeas do World Trade? Por que não se cogitou de usar o julgamento de um suspeito, para realmente descobrir quem mobilizou terroristas e levou a guerra e tantas outras misérias a tantas partes do mundo? Há informação secreta que tenha de permanecer secreta? Considerar o sionismo visão ou ideologia sagrada é como obrigação imposta ao mundo. Toda e qualquer discussão sobre os fundamentos e a história do sionismo são pecados imperdoáveis. Mas eles permitem e endossam todos os sacrilégios e insultam todas as demais religiões. Liberdade real, dignidade plena, bem-estar e segurança estáveis e duradouros são direitos de todos os povos. Nenhum desses valores é alcançável enquanto tantos dependerem do atual e ineficiente sistema de governança mundial, nem ninguém jamais os alcançará mediante intervenção militar comandada por potências arrogantes e sob fogo dos aviões mortíferos da NATO. Aqueles valores só se podem realizar em contexto de independência reconhecida, de reconhecimento dos direitos dos diferentes, mediante cooperação harmônica. Haverá meio para resolver os problemas e desafios que atormentam o mundo, no contexto dos mecanismos e ferramentas que dominam o quadro internacional hoje? Há meios para ajudar a humanidade a atingir sua eterna aspiração por igualdade, segurança e paz? Todos os que tentaram introduzir reformas que preservassem as normas e tendências hoje existentes fracassaram. Os importantes esforços conduzidos pelo Movimento dos Não Alinhados e pelos Grupos 77 e 15 (G-77 e G-15), e por tantos destacados indivíduos, fracassaram também e não conseguiram introduzir mudanças fundamentais. A administração e o governo mundiais exigem reformas nos fundamentos. O que temos de fazer agora? Caros Colegas e amigos, Temos de trabalhar com decisão firme e em cooperação coletiva para traçar outro plano, que considere os princípios e os valores humanos fundamentais como o monoteísmo, a justiça, a liberdade, o amor e a busca pela felicidade. A criação da Organização das Nações Unidas ainda é dos maiores feitos históricos da humanidade. É preciso reverenciar a importância desse feito e usar o mais extensamente possível as capacidades dessa organização como ferramentas para alcançar os mais nobres projetos de toda a humanidade. Não podemos permitir que a organização planetária que manifesta o desejo coletivo de todos e as aspirações de toda a comunidade de nações seja desviada de seu bom curso e convertida, também ela, em arma a serviço das potências mundiais armadas. Temos de construir condições que assegurem a participação coletiva e o envolvimento de todas as nações, num esforço que leve à paz e à segurança para todos os povos do mundo. É preciso dar sentido profundo e real à governança partilhada e coletiva do mundo. Esse sentido profundo e real deve considerar e respeitar os princípios do direito internacional. A ideia de justiça deve servir de critério e base efetiva para todas as decisões e ações no plano internacional. Todos temos de reconhecer que não há outro modo para governar o mundo e pôr fim à violência, à tirania, a todas as discriminações. Não há outra via que leve a sociedade humana à prosperidade e ao bem-estar. Essa é verdade viva e reconhecida. Ao reconhecer essa verdade, deve-se reconhecer também que o que temos ainda não é suficiente. E temos de abraçar com fé o trabalho, que terá de ser incansável, para conseguir o que ainda não temos. Caros Colegas e Amigos Governança partilhada e coletiva do mundo é direito legítimo de todas as nações, e nós, como representantes delas, temos o dever de defender os direitos dos povos do mundo. Embora algumas potências tentem insistentemente frustrar todos os esforços internacionais que visem promover a cooperação coletiva, temos, mesmo assim, de fortalecer nossa certeza de que alcançaremos o objetivo comum de construir cooperação coletiva e partilhada para governar o mundo. As Nações Unidas foram criadas para tornar possível que todas as nações participassem do processo internacional de tomar decisões. Todos sabemos que esse objetivo ainda não foi alcançado porque falta justiça nas estruturas e mecanismos hoje vigentes nas Nações Unidas. A composição do Conselho de Segurança é injusta e desigual. Portanto, mudanças ali e a reestruturação das Nações Unidas são exigências basilares das nações, às quais a Assembleia Geral tem de dar atenção. Na sessão inaugural da reunião do ano passado, destaquei a importância dessa questão e propus que essa década fosse declarada década da Governança Global partilhada e coletiva. Quero hoje reiterar aquela proposta. Estou certo de que, mediante a cooperação internacional diligente, e com esforços de todos os líderes e governos do mundo, todos comprometidos com construir relações de justiça, e com o apoio das demais nações, conseguiremos construir um brilhante futuro comum. Esse movimento trilha com certeza o caminho certo para criar o que temos de criar, para assegurar futuro promissor a toda a humanidade. Futuro que será construído quando iniciativas da humanidade ouçam o que ensinam os divinos profetas, sob a liderança iluminada do Imã al-Mahdi, salvador da humanidade e herdeiro de todas as palavras divinas, dos líderes e da descendência de nosso grande Profeta. A criação de uma sociedade suprema e ideal, com a chegada de um ser humano perfeito, que ama verdadeira e sinceramente todos os seres humanos, garantida promessa de Alá. Virá com Jesus Cristo, para liderar os amantes da liberdade e da justiça que erradicarão a tirania e a discriminação e promoverão o conhecimento, a paz, a justiça, a liberdade e o amor por todo o mundo. Cada indivíduo conhecerá a beleza do mundo e as coisas boas e os atos justos trarão felicidade à humanidade. As nações, hoje, já despertaram e, aumentando a consciência entre todos, as nações já não sucumbirão à opressão e à discriminação. O mundo testemunha hoje, mais que nunca, o amplo despertar em terras islâmicas, na Ásia, na Europa e na América. Esses são movimentos em expansão, em influência e alcance, que visam a fazer justiça, criar liberdade e construir melhor futuro para todos. O Irã, nossa grande nação, permanece pronta para dar a mão a outras nações nessa bela via de harmonia, alinhados, todos nós, com as justas aspirações de igualdade de toda a humanidade. Saudemos mais uma vez o amor, a liberdade, a justiça, o conhecimento e o futuro luminoso pelo qual a humanidade espera. Nova York, 65ª sessão da Assembleia Geral da ONU, 22/9/2011

Aos/as maledit@s...

... que insistem em tentar fazer com que silenciamos! Rape Me Rape me, rape me my friend Rape me, rape me again I'm not the only one ahh I'm not the only one ahh I'm not the only one ahh I'm not the only one Hate me do it and do it again Waste me, rape me my friend I'm not the only one ahh I'm not the only one ahh I'm not the only one ahh I'm not the only one My favourite inside source I'll kiss your open sores Appreciate your concern You're gonna stink and burn Rape me, rape me my friend Rape me, rape me again I'm not the only one ahh I'm not the only one ahh I'm not the only one ahh I'm not the only one Rape me Rape me Rape me Rape me Rape me Rape me Rape me Rape me Rape me

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

AS MULHERES E A FILOSOFIA

É o registro de um bate-papo franco e aberto, realizado com mulheres ligadas à filosofia em uma tarde ensolarada no interior do Estado de São Paulo. A Jambeiro Filmes e a co-realizadora Marília Mello Pisani agradecem à Universidade São Judas Tadeu pelo apoio.

As Mulheres e a Filosofia from jambeirofilmes on Vimeo.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Porque excluir nem sempre é um ato consciente

Por esses dias, fui ao mercado comprar itens necessários pra minha sobrevivência. Passei alguns segundo guardando itens comprados fora do mercado no "guarda-volumes", o qual somente pode ser utilizado se, e somente se, o cliente ir ao segurança pedir a chave do guarda-volumes. Detalhe, isto está explicado num cartaz imenso, colado na parede de frente pro guarda-volumes. Sempre me incomodou essa ideia de ter q retirar a chave com o segurança, mas não sabia exatamente o porquê, pensava que era porque eu estava sendo controlada e/ou porque sou ranzinza! rs Quando fui retirar minhas coisas do guarda-volumes, encontrei uma senhora, olhando para os armários. Ela olhou todos e passou os olhos pelo cartaz. Mas, não foi retirar a chave com o segurança. Pensei: "será que ela não consegue achar o armário que ela guardou as coisas dela?!". Retirei minhas coisas do armário, retirei minha chave e fui devolver pro segurança. Foi quando entendi porque aquele cartaz me incomodava. A senhora viu o cartaz, mas como não sabia ler, não foi retirar a chave com o segurança. Voltei e perguntei à ela se queria guardar as sacolas, ela disse que sim, então, contei o segredo de onde estava a chave dos armários. Saí do mercado desconsolada e pensei em várias coisas que um/uma analfabeto (a) deixa de fazer porque não compreende. Saber que há uma mensagem e não conseguir compreende-la deve ser um castigo. Isso pensando que o castigo da ignorância nos leva a cometer atos e infrações, por vezes, graves. A senhora não sabia ler e isso não permitia guardar suas coisas num guarda-volumes de mercado, onde mais ela foi excluída?! Pode parecer um absurdo que em pleno século XXI exista pessoas analfabetas no Brasil e no mundo. Pensei sobre a senhora, pensei sobre a educação, acabei pensando na educação feminina. Lembrei do texto da Guacira Lopes Louro, Prendas e antiprendas: uma escola de mulheres. Resgatei na memória textos que li numa disciplina de "Políticas Públicas" no mestrado, ano passado, que diziam sobre o início do acesso das mulheres às escolas. Cheguei à conclusão de que somos limitadas ao convívio em sociedade quando não sabemos ler e escrever, mas também somos limitados por saber ler e escrever, pois não conseguimos expressar aquilo que é escrito à alguém que não sabe ler. Como expressar a informação de que se deve retirar a chave do guarda volumes com o segurança sem a escrita ou a fala?! Se alguém conseguir, por favor, me avise! Sou limitada e não consegui pensar em nada!

sábado, 3 de setembro de 2011

NUMA SEMANA QUE OS ESTUDANTES DA UEM DÃO SHOW, PROFESSOR DA UEM E INTEGRANTE DA CVU DÁ "SHOW" TAMBÉM

Na semana em que os estudantes da UEM deram um show de ética e respeito, professor da UEM e integrante da Comissão do Vestibular Unificado (CVU) acaba "soltando o verbo" sobre as professoras Marta Bellini e Angela Caniato no Café Machiatto. Infelizmente para o professor língua solta, as falas dele e de quem estava com ele foram gravadas... lamentável que este tipo de comentário seja feito por colegas de trabalho na UEM. Se bem que já vi coisas BEM estranhas acontecerem por lá e TODO mundo se calar, em nome da instituição, pra não "sujar" o nome da instituição. Mas, chamar professoras da instituição de safadas e bandidas... ahhh... isso pode! E agora, UEM?! Quem poderá te ajudar?!!? sinto vergonha... aliás, há muito tempo sinto vergonha de ser estudante da UEM, pois o modo como os gestores direcionam a verba pública e os processos são quase sempre no "jeitinho"... me orgulhei dos estudantes essa semana, pra voltar a sentir vergonha... VERGONHA, PROFESSORES! VERGONHA! vcs têm? AGORA, QUERO VER O QUE ACONTECERÁ COM ESTE PROFESSOR QUE OFENDE E AGRIDE AS PROFESSORAS!!! DO BLOG DA MARTA BELLINI, COM O TÍTULO: "NO BREJO DA MÁ-RINGÁ, LÍNGUA SOLTA..." "A Marta Bellini é bandida, é safada... palavras ditas agora a tarde por um professor da Universidade Estadual de Maringá no Machiatto, um lugar onde toma-se um bom café na cidade de Maringá. Mas é um lugar pequeno onde a voz desse exaltado professor aliado do reitor da Universidade, professor que trabalha na CVU (seção de vestibular da UEM), foi gravada por minha filha que lá também estava e ouviu (revoltada) a conversa do rapaz com mais três professoras e a filha de uma delas. A conversa: - a Marta Bellini e a Angela Caniato querem tomar o lugar do reitor da UEM (como fossemos nós as golpitas de plantão, não professor E. A. de T.?). - são duas bandidas e safadas. A Angela Caniato é uma burguesinha que mora em uma casa de um quarteirão (professor E., que exagero! Isso não é verdade. E se fosse?). - os alunos são baderneiros e cachaceiros que fumam ... no "meu tempo fumar era cool, era diferente... agora quem fuma ajuda o tráfico".... (oh, my god, será que o professor quer dizer que ele fumou quando era cool? Ele um dia foi cool?) - os estudantes queriam falar muito na TV Globo...eu não, quando dei entrevista sobre o vestibular, falei tudo direitinho para que a Globo não precisasse editar ..(hum, que professor bonzinho!)... eles não... Uma das professoras se gabava ao dizer que depois que ela fez cirurgia no joelho os alunos não gostam das aulas dela, que não está dando boas aulas. A filha de uma das professoras (aluna da UEM) dizia: é os alunos reclamam da fila, mas isso não é nada.... É bem a cara da base aliada da Universidade. É bem feio. É bem da SOBERBA DE BREJO. Precisamos dar mais educação aos educadores. Gabar-se em público e difamar duas professoras que não se aliam ao estado de coisas da administração da universidade é crime. Mas parece que o exaltadinho professor não está nem aí. Enfim, quem muito fala mal dos outros dá bom dia a cavalo. E a internet existe para desmascarar esse tipo de coisa feia. O vídeo com a voz será avaliado e com alto e bom som, poderei mostrar como que é um certo setor da universidade. P.S. Foi o mesmo professor que disse a um colega do mesmo departamento que eu e as pessoas que estão com processo administrativo fomos responsáveis pela extinção de uma área da capes, a área 46. E disse ainda que foi o reitor que comentou com ele isso. Soberba de brejo." O DIÁRIO ONLINE: "PROFESSORA DA UEM DIZ TER SIDO XINGADA EM LOCAL PÚBLICO"

LAERTE: aos politicamente incorretos

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

AO MOVIMENTO DE OCUPAÇÃO MANUEL GUTIÉRREZ

A TODOS OS ESTUDANTES DA UEM QUE PARTICIPARAM DO MOVIMENTO!

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Ocupação da reitoria da UEM




Há exatos SETE dias, o movimento estudantil da Universidade Estadual de Maringá (UEM) ocupou a Reitoria da UEM: Movimento de Ocupação Manuel Gutiérrez Reinoso. As razões, muitas foram as razões (veja abaixo). Foram chamados pela mídia local de "baderneiros (as)". No dia da ocupação, "os (as) baderneiros (as)" reuniram 500 estudantes pra protestarem e ocuparem a reitoria, no dia 25 de agosto, quinta-feira.
Se organizaram com comissões que ficaram responsáveis tanto pela alimentação dos acampados na reitoria quanto pela limpeza e atividades culturais, aulas foram ministradas, palestras e assembléias todos os dias as 17 h 30 min.
Ainda no dia 30/08, o movimento "baderneiro" se reuniu com o reitor, Júlio Santiago Prates Filho, e o Secretário da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI), Alípio Leal Neto, em Curitiba. Enquanto alguns representantes foram a Curitiba para esta reunião, o movimento reunia dois mil alunos pra caminharem pela Educação Pública.
Hoje, primeiro de setembro, depois de algumas horas de reunião com o Reitor, o movimento de ocupação conseguiu que suas reivindicações fossem aceitas na íntegra. Em assembléia no final da tarde, o movimento decidiu pela desocupação. Entregarão as chaves da reitoria amanhã (02/09), as 8 horas, com uma coletiva para a imprensa!

Vale a pena dar uma olhadinha no blog do Movimento.





PAUTA DE REIVINDICAÇÕES E DECISÕES ACORDADAS


Reivindicação: CONSTRUÇÃO DE NOVOS BLOCOS E FINALIZAÇÃO DOS BLOCOS JÁ INICIADOS COM QUALIDADE ADEQUADA
Resposta:
- Já estão assegurados recursos para continuidade das obras
Meta é concluir as obras iniciadas
Garantia de recursos para as etapas seguintes da Casa do Estudante
Contra-proposta:
- Garantir o término de três blocos até o fim do ano de 2011.
- Iniciar licitação da segunda fase da Casa do Estudante em março de 2012.

Reivindicação: ABERTURA DE CONCURSOS PARA PROFESSORES EFETIVOS, VIGILANTES E TÉCNICOS ADMINISTRATIVOS
Resposta:
Compromisso de agilizar e garantir as contratações de servidores
Contra-proposta:
Preenchimento de 75% do total das vagas necessárias para suprir a demanda de professores efetivos na Universidade, conforme necessidade de cada Departamento e curso.
Preenchimento de todas as vagas ociosas relativas ao corpo docente (decorrente de falecimento, aposentadoria ou exoneração) da Universidade.
Nomeação imediata de todos os docentes que já passaram pelo processo seletivo e aguardam convocação.
Contratação de trinta (30) funcionários.
Garantia: compromisso da SETI com estas contratações.


Reivindicação: TRANSFORMAÇÃO DAS BOLSAS TRABALHO EM BOLSAS DE PESQUISA, ENSINO E EXTENSÃO
Resposta:
-Encaminhar para decisão interna a mudança gradativa à medida que agentes universitários serão contratados
Bolsa-Trabalho a ser concedida com base em indicadores sociais dos estudantes e plano de atividades acadêmicas.
Contra-proposta:
Transformar 100 (cem) bolsas-trabalho em bolsas-pesquisa até junho de 2012.
A partir do ano que vem, organizar toda a seleção dos bolsistas através de um processo de seleção que leve em consideração a condição sócio-econômica dos mesmos.

Reivindicação: REDUÇÃO DO PREÇO PRATICADO PELAS COPIADORAS DENTRO DO CAMPUS SEDE E DOS CAMPI REGIONAIS PARA R$ 0,07 A FOLHA COPIADA
Resposta:
- SETI informa que o Governo do Estado está vendo a possibilidade de fazer nova licitação geral para copiadoras; se for conveniente, as Universidades poderão se utilizar
Matéria encaminhada ao CAD, para deliberação
Contra-proposta:
- Que o reitor garanta, através de ato executivo, o preço de R$0,07 por cópia ou marque uma reunião do CAD que se comprometa a defender esta reivindicação.

Reivindicação: GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO E TRANSPORTE EM SAÍDAS DE CAMPO, CONGRESSOS E VISITAS TÉCNICAS
Resposta:
Secretário comunicou a liberação de ônibus novo para o Câmpus-Sede e gradativa dotação de ônibus para os demais campi da UEM.]
Contra-proposta:
- Manter a liberação do ônibus até o fim deste ano e que até o final de 2012 sejam lotados os ônibus nas extensões.

Reivindicaçâo: MANUTENÇÃO E AUMENTO DO NÚMERO DE BEBEDOUROS E LIXEIRAS
Resposta:
-Sendo providenciados
Contra-proposta:
- Se comprometer com o prazo estabelecido até o fim deste ano (2011).

GARANTIA DE EQUIPAMENTOS E INFRAESTRUTURA SEGUNDO A NECESSIDADE DE CADA CURSO, MOBILIÁRIO ADEQUADO EM TODOS OS BLOCOS PARA ASSEGURAR A QUALIDADE DOS CURSOS E E A SAÚDE DOS ESTUDANTES E PROFESSORES
Criar um programa, na SETI, de apoio aos cursos de graduação, mediante diagnóstico e demanda apresentados pelos Pró-Reitores de Ensino das Universidades
Contra-proposta:
Que o programa da SETI contemple representação estudantil. Propomos que o número de representantes discentes por Universidade seja de 2 (dois).
Garantia da SETI.

Reivindicação: CONSTRUÇÃO DA CONCHA ACÚSTICA E OUTROS ESPAÇOS DE VIVÊNCIA PARA A COMUNIDADE ACADÊMICA, NO CAMPUS SEDE E NOS CAMPI REGIONAIS
Resposta:
- Foi feita licitação, houve divergências: o palco é pequeno para eventos de maior porte
Combinado que serão ouvidos setores interessados, visando à elaboração de novo projeto, se for o caso
Contra-proposta:
Que a reitoria se comprometa com um prazo para o início da licitação da obra. Sugerimos que seja até maio de 2012.

Reivindicação: FIM DE TODAS AS TAXAS, INCLUSIVE PÓS-GRADUAÇÃO LATU SENSU
Resposta:
Criar grupo de trabalho, com a participação de estudantes, para encaminhamento da matéria ao CAD
Contra-proposta:
Que a reitoria demonstre uma proposta de isentar os alunos que provem que não podem pagar de todas as taxas da Instituição.
Que seja feita uma proposta ao CAD para a progressiva extinção das taxas.


Reivindicação: AQUISIÇÃO DE MAIS LIVROS PARA AS BIBLIOTECAS DE ACORDO COM A NECESSIDADE DOS CURSOS NO CAMPUS SEDE E NOS CAMPI REGIONAIS
Resposta:
- De acordo
A SETI, juntamente com a Reitoria, viabilizará recursos, para o atendimento
Contra-proposta:
- Que a reivindicação seja atendida até o início do ano letivo de 2012.

MAIS VERBAS PARA A LICITAÇÃO E CONSTRUÇÃO DA SEGUNDA E TERCEIRA ETAPAS DA CASA DO ESTUDANTE UNIVERSITÁRIO
- Já informado anteriormente

Reivindicação: CONTRATAÇÃO DE SEIS FUNCIONÁRIOS PARA O RESTAURANTE UNIVESITÁRIO E A OPÇÃO DE ALIMENTAÇÃO VEGETARIANA TODOS OS DIAS
-Resposta:
Ofício 557/2011 GRE: garantia de encaminhamento, pela SETI
Contra-proposta:
- Garantia de um complemento alimentar vegetariano para todos os alunos, todos os dias da semana.

Reivindicação: BOLSA DE AUXILIO INCLUSÃO PARA TODOS OS ESTUDANTES QUE NECESSITEM DE SUBSÍDIO DE ACORDO COM SUA RENDA, ASSEGURANDO TODAS AS REFEIÇÕES NO RESTAURANTE UNIVERSITÁRIO, BEM COMO O SUBSÍDIO DE QUINHENTAS CÓPIAS E DUZENTAS E CINQUENTA IMPRESSÕES MENSAIS
Resposta:
Estas reivindicações constam da proposta de Assistência Estudantil que a SETI e as IEES estão propondo ao Governo Federal
Contra-proposta:
Criação imediata de 15 (quinze) vagas deste auxílio aos estudantes que atualmente trabalham no Restaurante Universitário.
Ampliação de 50 (cinqüenta) vagas a partir do início do ano de 2012.
Criação de 15 (quinze) vagas para os campi regionais, assim que entre em vigor o programa de alimentação subsidiada.
Reivindicação: CONSTRUÇÃO DO RU-2 E RU NOS CAMPI REGIONAIS
Resposta:
- Ampliação do RU para 2012
Adequação de espaço físico nos Campus Regionais, com a viabilização da alimentação, por meio de edital de licitação.
Contra-proposta:
Licitação para a obra de ampliação do Restaurante Universitário até o início de 2012.
Realização imediata da licitação nas extensões e conclusão das obras de construção do R.U. nas extensões até o fim de 2013.
Imediato início da elaboração do projeto do R.U. II, com previsão de conclusão das obras até o fim de 2013.

Reivindicação: REVERSÃO DO CORTE DE VERBAS! 10% DO PIB PRA EDUCAÇÃO DE FORMA IMEDIATA E VIS AMPLIAÇÃO DA TRIBUTAÇÃO SOBRE AS GRANDES FORTUNAS, POR UM PLANO ESTUDANTIL DE ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL COM RUBRICA ESPECÍFICA DE 400 MILHÕES DE REAIS
Resposta:
- Foi aprovada uma emenda no início do ano para suprir os 38% da Universidade, via remanejamento. (Nota do Movimento M.G.: esta verba muito dificilmente virá apenas com essa emenda, por isso fizemos a proposta do secretário, junto ao reitor, pedir ao governo federal uma suplementação no orçamento)
Apoio integral à reivindicação, ao Governo Federal, de 10% do PIB para Educação.
Contra-proposta:
Compromisso da SETI com o prazo de novembro de 2011 para o envio da verba cortada do orçamento da Universidade.
Encaminhamento de um ofício da SETI para o MEC até o final de setembro exigindo 10% da destinação do PIB para a educação pública imediatamente, com cópia de recebimento ao DCE-UEM.


Reivindicação: BOLSAS PARA TODOS DO MESTRADO E DOUTORADO
Resposta:
Garantia de ampliação, pela Fundação Araucária, e ampliação, mediante negociação, com a CAPES e CNPq
Contra-proposta: não há.

Reivindicação: AUMENTO DO VALOR DAS BOLSAS
Resposta:
- Mantido o valor da bolsa em R$ 300,00 mensais, conforme resolução do CAD
Estudos visando à possibilidade de aumento de valor
Contra-proposta:
- Apresentar uma proposta de aumento no valor das bolsas na discussão do orçamento do ano que vem, visando equiparar o valor-hora de todas as bolsas tendo por base as bolsas de pesquisa do CNPq.

Reivindicação: INSTALAÇÃO ADEQUADA E RECURSOS PARA OS PÓS-GRADUANDOS DESENVOLVER A PESQUISA
Resposta:
De acordo, mediante editais da Fundação Araucária
Contra-proposta: não tem.
Reivindicação: COTAS DE XEROX E IMPRESSÃO PARA A PÓS-GRADUAÇÃO
-Resposta:
Matéria a ser encaminhada ao CAD
Contra-proposta:
- Se comprometer com a defesa de um parecer favorável frente ao CAD.

Reivindicação: CRITÉRIOS CLAROS NA SELEÇÃO E NA DISTRIBUIÇÃO DE BOLSAS NA PÓS-GRADUAÇÃO
Resposta:
Regulamento dos programas
Contra-proposta:
- Instituição de uma proposta de cotas sociais para a distribuição de bolsas de mestrado.
Reivindicação: CASA DO ESTUDANTE TAMBÉM PARA O PÓS-GRADUANDO
Resposta:
Alunos da pós-graduação também poderão ter acesso à Casa do Estudante
Contra-proposta: ---

Reivindicação: CENTRO DE TRADUÇÃO DE LÍNGUAS ESTRANGEIRAS
Resposta:
Uso do ILG e estudos junto ao CCH visando à criação de um Centro
Contra-proposta:
Contratação de estagiários do curso de Letras para lecionar no Instituto.
Isenção de taxas e mensalidades para a comunidade acadêmica.
Reivindicação: GARANTIA DE NÃO CRIMINIZAÇÃO DA OCUPAÇÃO! CONTRA A PRESENÇA DA POLÍCIA NO CAMPUS!
Resposta:
- Segundo o Reitor, a partir do momento em que as negociações, baseadas no diálogo, não surtirem efeito, e a Universidade passar a ter prejuízos, como a perda de recursos, pareceres e soluções que dependam da Reitoria, será preciso uma ação que garanta a reintegração de posse. "Como gestor, sou responsável pelo andamento de todas essas questões, por isso tenho de ter moralidade, ética, eficiência, legalidade e transparência, princípios que regem a administração pública", enfatizou
- Para o Secretário, o diálogo permanente com os representantes das Universidades é fundamental, para que o Governo consiga melhorar, cada vez mais, a Educação, no Estado. Ele se dispôs a receber os estudantes de todas as Universidades, periodicamente, e destacou a ideia de implementar, no Sistema Estadual de Educação, política unificada e de qualidade para todos os níveis de ensino, enfatizando que a participação de todos os estudantes é importante, nesse processo.

Contra-proposta:
- Garantir a não abertura de processos internos ou externos contra qualquer membro da comunidade acadêmica que participou da ocupação da reitoria. Como estudantes, somos responsáveis pelo acompanhamento de todas estas questões, por isso temos de ter moralidade, ética, eficiência, legalidade, transparência e garantia de não criminalização desta luta legítima pela educação pública, luta que é de toda a sociedade.

domingo, 5 de junho de 2011

ESCREVA LOLA ESCREVA!




LAMENTAVELMENTE AQUELES QUE DEFENDEM O DIREITO DE LIVRE EXPRESSÃO, NO BRASIL, SÃO EXATAMENTE AQUELES QUE VÃO CONTRA ESSE DIREITO QUANDO RECEBEM CRÍTICAS! NESSE CASO, A PESSOA QUE CRITICOU CALUNIOU, INJURIOU E DIFAMOU O OUTRO! VOCÊ PODE CRITICAR, DESDE QUE VOCÊ DÊ RISADA NO FINAL QUE TRADUZA A SEGUINTE IDEIA: "É SÓ HUMOR, É SÓ UMA PIADA!"
AHHHH QUE MUNDO HIPÓCRITA E SEM SENTIDO!

AHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHHAHAHAHAHAHAHAHHAHAHAHAHAAHHAHAAHAHAHAHAHHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAAHHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHHAHAHA... (estou falando sério!)

EXTRAÍDO DO BLOG DA LOLA: ESCREVA LOLA ESCREVA
EXTA-FEIRA, 3 DE JUNHO DE 2011
TAS ACHA QUE ME PROCESSAR É ASSUNTO PESSOAL

Acabei de ser informada via Twitter de uma matéria no Comunique-se: 1o Caderno, com o título “Polêmica entre Marcelo Tas e blogueira: apresentador não nega processo contra professora”. A matéria de Anderson Scardoelli, que estranhamente não me contatou para ouvir o meu lado (embora utilize meus posts para resumir o que falei), faz um resumo do que aconteceu. É a primeira vez, que eu saiba, que Tas se pronuncia sobre o assunto. E sua posição é que isso não é notícia. Pra mim é. Afinal, eu que fui ameaçada com um processo!
Bom, considero uma contradição que ele se diga prejudicado, pois, ao mesmo tempo em que está “chateado”, também se vangloria de ter aumentado seu número de seguidores no Twitter. Ele fala disso na matéria, e num tweet de ontem:Mas o que fico pasma mesmo é como ele acha que falar de uma ameça de processo contra quem quer que seja não é notícia, é um assunto pessoal. Quando ele é vítima de ameaças contra sua liberdade de expressão, aí sim é notícia, né? Mas quando é alguém que ele quer calar, então é particular. Tas tem uma maneira peculiar de encarar a liberdade de expressão: para defendê-la em seu favor ele faz em público; para ameaçar, ele faz em privado.
Considero essa uma atitude hipócrita. Por que @s leitor@s e espectador@s de um dos arautos da liberdade de expressão não têm o direito de saber quando ele ameaça uma blogueira com um processo?
E sim, considero que ameaçar alguém com um processo, embora seja um direito legítimo, é uma tentativa de coerção e de intimidação. E das mais usadas. Não estamos falando de uma pessoa processando outra. Estamos falando de uma pessoa com toda uma máquina de advogados processando outra. Que não fez nada além de manifestar sua opinião sobre o programa (porque, como já disse, apenas o citei uma vez no post). As palavras de Tas no email me soaram como uma mostra de arrogância, um exemplo de “você sabe com quem está falando?”. Foram essas:
“Você vai aprender através de um processo por calúnia e difamação a ser mais responsável com o que publica, esta troca de e-mails documenta a minha tentativa de dialogo com voce antes de tomar o caminho da Justiça”.
Que fique claro: Tás não está sendo reprovado (se é que está) pela opinião pública pelas asneiras ditas no CQC 3.0, apesar do apresentador querer se desvencilhar do programa, quando lhe convém. Meu texto criticando a misoginia explícita que o CQC mostrou contra a anatomia feminina ficaria restrito ao meu círculo de leitor@s (que não é tão pequeno, com as 150 mil pageviews por mês do meu blog), mas que nem de longe se compara à audiência de um programa de TV. Certamente as mães ativistas que participarão dos próximos mamaços (veja aqui a agenda) se lembrariam do que os integrantes do CQC acham delas, que ousam amamentar em público. Não necessariamente por causa do meu blog, mas porque a maior parte das mães que viu o programa (veja aqui) sentiu-se muito ofendida. E esse argumento de “é só humor, é só uma piada” é tão leviano, não? Quer dizer que se eu dissesse tudo o que disse do CQC e incluísse no final um “Ha ha, não levem tão a sério, vão ver a vida lá fora, eu só estava brincando” eu não seria ameaçada de processo? Quem fala essas besteiras de "é só uma piada, é só um filme, é só um livro" nunca ouviu falar de toda uma área de pesquisa chamada Análise do Discurso.
O jeito como o CQC tratou da amamentação em público revoltou muita gente, eu inclusa, mas o que realmente mobilizou a rede, em sua maioria contra o Tas (eu acho, não tenho os números das pesquisas em mãos), não foi isso — até porque, para muitos que viram o vídeo, ele não entrou nas brincadeiras de Rafinha e Luque para ofender as mães e seus corpos. O que revoltou o pessoal foi ele ter me ameaçado de processo. Não é muito difícil de entender. E por que isso é polêmico? Porque a ameaça partiu do Tas, que geralmente é associado a movimentos pró-liberdade de expressão. Só que as pessoas não são bobas: elas enxergam a contradição aí, os dois pesos, duas medidas. Acho que até os espectadores do CQC são capazes de ver essa contradição.
Reitero que da minha parte, sou 100% a favor da liberdade de expressão. Nunca processei ninguém, nunca ameacei alguém de processo, nunca quis censurar ninguém. E meu blog está sempre aberto para ouvir “o outro lado”, através de guest posts ou de comentários. E, embora eu seja uma só mulher, sem programa de TV, com um emprego de professora que nada tem a ver com meu blog, sei que conto com o apoio de milhares de pessoas cansadas da arrogância das celebridades e do velho e autoritário “Você vai aprender através de um processo”. Esta luta não é só minha.

P.S.: Pra quem acha que estou tentando me promover com este caso, aviso que desde janeiro de 2008 escrevo diariamente neste blog. São 2195 posts, 1.7 milhão de visitas, 2.9 mi de pageviews, que renderam 53 mil comentários de leitor@s inteligentes, divertid@s, que sabem se expressar (ao contrário, e digo isso com pesar, do que parece ser o público-alvo do CQC). Um dos meus principais assuntos no blog é crítica da mídia. Realizo, aliás, um curso de extensão aberto à comunidade sobre este tema. O blog é o único espaço que tenho para me manifestar. E vou usá-lo para informar às leitor@s de cada passo do tal processo. Isso, sim, é acesso à informação. É liberdade de expressão. Porque eu não considero esse um assunto privado.



POSTED BY LOLA ARONOVICH AT 16:09
LABELS: CENSURA, LIVING LA VIDA LOLA, MÍDIA

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Professora doutora da UEM denuncia Programa de Pós-Graduação

EXTRAÍDO DO BLOG DO FÁBIO CAMPANA!


Professora doutora da UEM denuncia Programa de Pós-Graduação
Marta Bellini cansou. A professora e doutora resolveu publicar um manifesto sobre o Programa de Pós-Graduação da Universidade Estadual de Maringá e o anunciou dessa forma:

“Fiquei meses sem poder falar nada. Sei das consequências políticas institucionais da publicação desse manifesto. Mas, como estou indo, hoje à tarde, retirar um pequeno tumor da pele, para biópsia, nada mais me abala mais do que ando abalada. Não tenho pretensões a cargo, nem por voto, nem por indicação. Aliás, chega! Quero dar aulas. Boas aulas. Estudar, IKIRU, Jasmim, Gelsomina. Assim, se eu me prejudicar que eu me foda. E se um câncer me comer que seja o biológico, não o da ausência de liberdade. BASTA! Prefiro a punição explícita do que a implícita. Prefiro morrer do que viver sufocada!”

O manifesto sobre quem é quem na história sobre o Programa de Pós-Graduação da Universidade Estadual de Maringá está no Leia Mais. Denúncia cabeluda.


Manifesto: quem é quem na história sobre Programa de Pós-Graduação da Universidade Estadual de Maringá

Caros colegas do PCM e outros setores da UEM,

Depois de quarenta anos de ditadura, de 25 anos lecionando na Universidade Estadual de Maringá, os acontecimentos de 2010 e 2011 acerca do PCM, nos levaram a viver, eu e meus colegas, uma situação de ditadura militar sem por nem tirar. Só que não estamos submetidos aos instrumentos de tortura como choques elétricos no corpo, nos órgãos genitais, aos costumeiros afogamentos e pauladas literais. Esses foram substituídos pela silenciosidade administrativa, pelo escárnio, pela indiferença, pelo desrespeito. Pauladas simbólicas. Choques simbólicos. ESCÁRNIO PURO!

O professor Valdeni Soliano Franco, coordenador do PCM, teve que tolerar a desgraça maior a que um intelectual de seu porte assistiu: suspensão por 30 dias em março de 2011, mediante um documento que caiu em seu nariz sem sequer ter sido avisado da medida prevista em Resolução N. 557/2000-CAD. O interventor, Pró-reitor da PPG, sequer conversou conosco, professores que estávamos dando aulas. Não o vi no PCM. Nada nos perguntou, ou seja, anos, nada perguntou aos docentes que estavam trabalhando no PCM. Não nos deu segurança profissional ou moral. Descaso com os docentes que, nesse ano de 2011, estão dando aulas e orientando e publicando.

Enquanto um grupo de professores trabalhava, outro grupo de sete professoras fazia lock out. Explicando: expressão inglesa para greve por determinação do empregador, que, visando exercer pressões sobre os trabalhadores, utiliza do seu poder para frustrar negociação coletiva ou dificultar o atendimento das reivindicações coletivas.

Nada se compara a isso. Atendeu-se o grupo que fez lock out. O que queria o grupo? Impor a volta de um professor, desligado do Programa de Pós pelo conselho, por falta administrativa. O documento das professoras pedia ao reitor da UEM sindicância para os professores Luzia Marta Bellini e Valdeni Soliani Franco que, eufemisticamente, foi chamado sindicância para o PCM nos anos de 2009 e 2010, quando fui coordenadora e depois o professor Valdeni Soliani Franco.

Para quê essa sindicância? Por que nós éramos, segundo as professoras do lock out, “comandantes” do PCM e elas, as “comandadas”, de acordo com o documento que estas depositaram no setor jurídico da Reitoria da Universidade. MAS, as professoras “comandadas”, para serem atendidas pela Reitoria e Pró-reitoria de Pesquisa da UEM, deixaram de dar aulas e orientar por seis meses. Os “comandantes” levaram a pós-graduação sozinhos. Sozinhos, mas levando o PCM pela força intelectual, pela motivação moral, pela delicadeza com os alunos, pela esperança da boa formação e pela responsabilidade com o ensino e pesquisa. E, nós, é que somos os “comandantes”! Não seria melhor, nos chamar de otários?

Felizmente, a comissão de sindicância terminou no prazo legal, dentro dos trâmites legais e indiciou dez professores. Creio que, inclusive que eu e ao professor Valdeni fomos indiciados. Mas, se temos dez, então, há mais docentes da Universidade indiciados. Estamos à espera do relatório da comissão. Exigimos transparência desse relatório.

Os professores “comandantes” continuaram a trabalhar. Deram aulas, atenderam grupos de pesquisa, ajudaram alunos a escrever relatórios e artigos para eventos do segundo semestre de 2011, e mais: suportaram o silêncio da PPG, de seu Pró-reitor e de seu Diretor de Pesquisa como cordeiros. Pois bem: esses cordeiros estão sendo imolados. Depois de terem trabalhado quietos, uma comissão da CAPES vem à UEM/PPG, na surdina da semana – aqui, também, é bom que se diga, que a coordenação do PCM não foi avisada do dia em que esta viria à UEM, de sua composição. Nesse dia, as dez e meia horas da sexta-feira, dia 06/05/2011, saindo de uma banca de apresentação de projetos do Colóquio do PCM, o coordenador do PCM, professor Valdeni Soliani Franco, é chamado pela Pró-reitoria para ter conhecimento de que o relato sobre o credenciamento dos professores ficaria pronto naquele dia.

Foi o último que soube da vinda dos relatores na hierarquia administrativa da UEM. Nós, professores “comandantes” tivemos conhecimento do relatório da comissão enviada pela Capes na terça-feira a tarde quando íamos dar aulas. Na sala de aula, da terça-feira, as orientandas das professoras “comandadas” já conheciam o conteúdo do relatório sem antes terem ido conversar com o coordenador do PCM, professor Valdeni Soliani Franco. O Comandante Valdeni seria um fantoche? Não! Digo. Foi um professor decente; atendeu aos pedidos da administração da Universidade e, mesmo assim, ficou como um enfeite na administração do PCM. Democracia? Conselho coletivo? O que é isso?

A administração da PPG e da reitoria, e do Centro de Ciências Exatas, desde 2010, quando eu, como coordenadora do PCM enviei documentos do PCM para análise e parecer dos problemas desse pós, fez o que não se comete: guardou os documentos.

A omissão do Diretor de Pesquisa, PPG, da UEM foi escandalosa do meu ponto de vista. A omissão começou com o ex – pró-reitor. Recebeu os documentos e o pôs na gaveta porque eu não havia enviado por protocolo. Ponto de exclamação aqui. ! O atual pró-reitor chamou, informalmente, a aluna Marlova Caldatto, de doutorado do PCM, para perguntar, em sua sala, a sós, como estava o programa. Ora, que ética temos aqui. Por que o professor Valdeni Soliani Franco foi deixado às moscas pela administração? “Comandante” Valdeni, responda-me, por favor!

O primeiro relatório da CAPES, enviado em março de 2011, com quatro meses de atraso, é outro tema digno de filme de terror na época da ditadura militar no Brasil. Os professores enviados, professores Angotti e Mattedi, estabeleceram uma visita e depoimentos dos professores durante a crise do PCM, anteriormente à sua vinda à UEM. Quando cheguei à PPG para dar meu depoimento, na hora marcada, em 28 de outubro de 2010, esperei cerca de quarenta minutos e saíram da sala do pró-reitor, o diretor do centro em que o pós está lotado, o diretor de pesquisa e o pró-reitor. O Diretor de centro perguntou-me: “está bem, professora Marta?”. Eu disse não. A resposta: “mas se Deus quiser, tudo dará certo”. Esqueci-me de perguntar: “Que Deus e a quem daria certo”. Conversa administrativa com Deus na hierarquia.

Na sala de depoimento da PPG fui submetida a muitas perguntas e levei cinco quilos de documentos. Uma pergunta do Professor Angotti deu-me a certeza de que ele tinha informações anteriores a meu depoimento sobre mim. Perguntou-me o professor: “a senhora trabalhou 15 anos na Pós-Graduação da Ecologia, não? Por que saiu de lá?

DOIS ERROS DO professor ou de quem lhe deu a “informação”. EU NÃO TRABALHEI 15 ANOS NA ECOLOGIA. Trabalhei doze. EU NÃO SAI DA PÓS EM ECOLOGIA. Aí, o professor Angotti se traiu. Ele, realmente, tinha informações sobre a minha vida profissional. Erradas, é claro. Quem as deu? Perguntei isso a ele por email. Não respondeu. Perguntei ao coordenador da área da Capes, professor Nardi. Ele não respondeu. Perguntei ao Diretor de Pesquisa da UEM. Por fim, depois de perguntar muito, por email e receber a resposta: “se eu fosse a senhora parava de enviar esses emails”, soube, pelo diretor de pesquisa, por email, documento portanto, que a comissão tinha vindo à UEM com todas as informações … da UEM (conforme email documental de 2010).

O relatório chegou em março de 2011. Havia sido prometido pela comissão em trinta dias. Como não vinha o relatório foi solicitado pelo pró-reitor atual. Chegou um relatório “imparcial”. Vejamos a imparcialidade:
- o Professor Angotti é colega próximo do professor desligado do PCM, em pauta na crise do PCM. Colegas de área, inclusive. O professor Angotti trocou emails com o professor desligado do programa sobre um projeto da Capes que seria aprovado para o PCM em 2008/2009.
- o professor Angotti e o professor Mattedi – representantes da Capes – escrevem que não analisaram os documentos, por mim fornecidos, que orientavam – cronologicamente e com dados – os problemas do PCM.

Fizeram um relatório com base subjetiva, bem “adequado” à realidade de quem trabalha com PESQUISA EM ENSINO DE CIÊNCIAS. EMPIRICAMENTE, anotaram suas percepções. Que HUME os tenha em boa conta. E mesmo sabendo dos limites do empirismo, fizeram o relatório.
Frases colhidas ou pérolas coletadas do relatório:
- “a coordenadora estava com os olhos vermelhos”. O que isso quer dizer? Eu estava chorando? Não tinha dormido a noite anterior? Estava com problemas clínicos nos olhos? TODO PESQUISADOR precisa fazer inferências com bases mais sólidas. Não fizeram.
- “fomos bem recebidos pela administração da UEM, [...] hotéis bons, almoços … inclusive o reitor nos levou de carro [...]. O que falar quer dizer? Os administradores da UEM estavam sendo respeitosos ou submissos à comissão? Vi ambigüidade nessas frases. E quanta cientificidade!

Nos depoimentos não tivemos ATAS, nem gravações, nada dentro de trâmites legalizados. A peça foi montada com base nas sensações, nas percepções, enfim, nos sentidos dos professores da comissão. Nada que o filósofo LOCKE pudesse por defeito. E na era de Einstein. E… na área de CIÊNCIAS! E do ponto de vista jurídico SEM VALOR ALGUM.

Há mais pérolas para mostrar. Termino, ainda, a análise do objetivo relatório.

Agora, em 11 de maio de 2011, depois de um ano e meio, vem mais uma comissão, de colegas do professor desligado do PCM, recredencia-o, PASSANDO POR CIMA, MAIS UMA VEZ DA AUTONOMIA DO PCM, fantochizando o coordenador professor Valdeni Soliani Franco. Além disso, descredencia professores recém chegados no PCM, quatro deles dando disciplinas nas lacunas abandonadas pelas professoras em greve, as “comandadas”. Quanta ética! Professores, em sala de aula, colaborando com o PCM e os alunos para dar disciplinas abandonadas pelas grevistas comandadas, são chamados pelo diretor de pesquisa da PPG/UEM para assinarem um documento dizendo que saiam do pós por vontade própria. Quanto zelo pelos alunos e quanto RESPEITO pelos professores comandantes!

OUSO DIZER: O PCM FOI E ESTÁ SENDO COMANDADO (para usar a metáfora das SETE professoras em lock out) PELA PPG E, QUIÇA, PELA DIRETORIA DO CCE. Nada está sendo permitido àqueles que trabalharam – DENTRO DA LEI E REGRAS INSTITUCIONAIS – no programa de pós-graduação.

E os alunos do PCM?

Estão, disseram alguns, decepcionados com a Universidade Estadual de Maringá. Querem parar o curso, não pela orientação dos professores “comandados”, mas pelo descaso do reitor e dos administradores da PPG em relação ao Curso. Se ficarem aqui, na UEM, nessa lenga-lenga, nesse silêncio, nessa instabilidade administrativa e emocional, não conseguirão, dizem, fazer um bom trabalho de dissertação e tese. Eu não tenho mais ilusões. Não me vejo trabalhando nessas circunstâncias e nem posso jogar-me numa luta em que os outros jogam num campo obscuro. Creio que os alunos devem mesmo procurar suas saídas. Para outras instituições? Não sei.

Sei que, como professora doutora, com mais de dez livros publicados, mais de 30 artigos, mais de 30 orientandos em todos os níveis, dando aulas e pesquisando:
- Não ACATO tanto desrespeito, tanta incerteza e fragilidade na política pública da UEM.
- Não aceito negociar princípios.
- Não aceito o adjetivo de “justiceira” a mim imputado pela ex-vice-diretora do CCE, em reunião de Conselho Interdepartamental, tentando me desqualificar diante dos colegas professores e usando seu poder de vice-diretora.
- Não aceito o substantivo comandante dado pelas sete professoras que fazem lock out , das sete “comandadas” que abandonaram o programa sem avisar o coordenador, que fizeram a política dos coronéis, só se remeteram à PPG e à reitoria passando por cima dos órgãos decisivos do PCM e da UEM.

Por que não foram ao Conselho de Ensino e Extensão? Ou ao Conselho Universitário? Não! Foram procurar o chefe maior da Universidade. Pergunto novamente: democracia? As sete professoras não precisavam ir ao órgão colegiado da pós-graduação, se a desconfiança era tão grande, mas poderiam e podem ir ao Conselho Universitário nos denunciar à voz coletiva maior da Universidade. Não temos nada a temer.

MINHA PROPOSTA FINAL:

TRANSPARÊNCIA! DEMOCRACIA! QUE O CONSELHO UNIVERSITÁRIO – que tem força política pública maior do que o reitor – faça a análise de todos os documentos, de todos os docentes do PCM – e que a política miúda da PPG e de seu Diretor de Pesquisa, seja também revista à luz dos conselheiros da Universidade Estadual de Maringá.

Maringá, 12 de maio de 2011

Professora doutora Luzia Marta Bellini

Quinta-feira, 12 de Maio de 2011 – 12:36 hs. Deixe um comentário.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Espetáculo Teatral "DESCALÇA?"



Espetáculo Teatral

Visando a difusão cultural da arte e a formação de platéia, o SESC Maringá em parceria com a Secretaria de Cultura de Maringá, traz à cidade o Espetáculo Teatral “Descalça?”; uma peça que será exibida pelo Grupo Beta de Teatro (ES) no projeto desenvolvido pela secretaria de cultura Convite ao Teatro. A realização dar-se-á na sexta-feira, dia 11 de fevereiro de 2011, no Teatro Barracão e será aberto ao público com idade mínima de 12 anos.

Espetáculo "Descalça?" (ES )
“Não se nasce mulher: torna-se”. A famosa frase de Simone de Beauvoir não resume este espetáculo, mas serve bem para apontar um de seus pontos cruciais. Sem dúvida, na construção da mulher, a relação mãe / filha é fundamental e é justamente o feminino – sua construção, seu lugar no mundo, sua condição – a partir dessa relação, o que o trabalho aborda. Nunca, num viés determinista em que a mulher mãe e a educação que dela provém fazem a mulher filha, mas na perspectiva de que a interação entre as duas é constitutiva de ambas. Para tanto, a psicanálise, a literatura e relatos pessoais foram tomados como referências. São histórias de 24 mulheres que serão interpretadas ou narradas por 02 atrizes.

Histórico do espetáculo


O espetáculo "Descalça?" É o primeiro trabalho do Grupo Beta de Teatro e é resultado de 2 anos de processo. O grupo partiu de uma idéia e iniciou pesquisa teórica e prática sobre o assunto, firmou parceria com o Grupo Z de teatro, cujos artistas participaram da montagem. Utilizaram-se do processo colaborativo de criação, por acreditarem na importância dos papéis de todos os artistas envolvidos no processo.

O espetáculo recebeu 02 prêmios para sua montagem: “Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz 2008” e o "Edital de Residência Artística da Secretaria Estadual de Cultura do Espírito Santo 2009".

Através deste Edital de Residência Artística, o espetáculo pôde trabalhar com a diretora paulista Aline Ferraz, que junto com Fernando Marques dirigiu o espetáculo.

Além dos prêmios de montagem, após a estréia, o espetáculo foi contemplado por mais dois prêmios, ambos de circulação: Prêmio Funarte de teatro Myriam Muniz 2010 e Edital de Circulação da Secretaria estadual de cultura do Espírito Santo.

O Prêmio Funarte de teatro Myriam Muniz 2010 promoverá a circulação do espetáculo por cinco regiões, em 9 cidades, com o total de 15 apresentações e bate-papos.



Ficha técnica completa do espetáculo:

Direção: Aline Ferraz e Fernando Marques

Dramaturgia: Fernando Marques

Elenco: Telma Smith e Lorena Campoi

Produção: Telma Smith e Lorena Campoi

Preparação corporal: Francina Flores

Cenário, figurino e adereços: Francina Flores

Concepção de Luz: Carla van den Bergen

Montagem e Operação de Luz: Daniel Boone

Operação de Som: Carla van den Bergen

Designer gráfico: Fernando Marques

Gravação de Violino: Eliézer de Almeida

Fotos: Ivna Messina





DIA 11 de fevereiro
Às 21h
No Teatro Barracão
IDADE MÍNIMA 12 anos
Isento de Custo
Duração: 40 minutos

INFORMAÇÕES: 44 3262-3232




ELENICE BERNARDINO RAMOS DE LIMA
Técnico de Atividades - SESC Maringá
44 3262-3232 Ramal 2762